Não consigo parar de ouvir: John Mayer e Carla Bruni

Há algumas semanas, resolvi reativar meu tumblr e escolhi um novo tema para ele: amor. Não apenas o amor romântico, mas também o amor carnal e, preparando a playlist que começa a tocar automaticamente assim que o blog abre, adquiri alguns vícios musicais novos.

O primeiro é o John Mayer, que já conheço há bastante tempo. Seu primeiro disco foi lançado em 2001 e desde então ele está aí nas paradas, arrasando o coração de muitas mulheres e esquentando o clima de outras. Seus principais sucessos são Daugthers, Your Body is a Wonderland, Why Geoergia, Neon, Waiting on the World to Chance, entre outras.

Carla Bruni é mais conhecida por ser modelo, atriz e casada com o ex-presidente da França, Nicolas Sarkozy. Mas o que interessa aqui é o talento musical da moça, que tem canções em Inglês e Francês igualmente incríveis. A mais conhecida, sem dúvida alguma, é Quelqu’un m’a ditnome também de seu primeiro disco, lançado em 2003. Depois dele, foram lançados mais dois discos: No Promises (2007) e 

Em inglês, Those Dancing Days Are Gone (o clipe é lindo e ela está muito bonita nele – aliás, ela nunca está feia!)

As versões de “Please, please, please, let me get what I want”.

Uma das bandas mais importantes do cenário britânico de rock dos anos 80 foi o The Smiths, lançando em 1984 um disco de nome homônimo, com grande carga política e já grandes hits que virariam sucesso, como “How soon is now?”, “Heaven Knows I’m Miserable Now” e “William, It Was Really Nothing”. Em seu segundo disco, denominado “Meat is Murder” ou  “A carne é morte”, já mais madura, a banda apresentava inovações musicais e Morrissey defendia o vegetarianismo, uma bandeira que ergue até hoje, sendo este importante para afirmar o caráter político da banda. Porém é no terceiro disco,  “The Queen is Dead”, lançado em 1986, apresentando sucessos como “Cemetry Gates”, “The Boy with the Thorn in His Side”, “There Is a Light That Never Goes Out” e “Some Girls Are Bigger Than Others”, que o Smiths começou a enfrentar turbulências internas e após o lançamento de seu quarto disco, “Strangers, Here We Come”, em 1987, a banda se separou, por divergências entre Morrissey e o guitarrista Johnny Marr, e não mais se reencontrou mesmo após diversas oportunidades oferecidas aos integrantes.

A música “Please, please, please, let me get what I want”, lançada na coletânea “Hatful of Hollow”, em 1984 no Reino Unido – porém apenas em 1993 nos EUA – é até hoje considerada um grande sucesso da carreira do The Smiths, sendo apresentada inclusive nos shows na carreira solo posterior de Morrissey e tendo sido interpretada por diversas bandas que deram um aspecto diferente à canção. Veja abaixo algumas delas!

Please, please, please, let me get what I want“, sob o comando dos também britânicos da banda Muse:

Na versão dos duos Agridoce, de Pitty e Martin Mendezz:

e Tinderbox, de Monique Houraghan e Dan Tucker:

A incrível versão do Deftones:

A versão de She & Him, que fez parte da trilha sonora do longa 500 dias com ela (500 days of Summer):

The Dream Academy, com uma versão instrumental muito boa:

Meus discos preferidos de 2011

Com a chegada do réveillon sempre começam as reflexões sobre as coisas que conhecemos, vivemos, ouvimos nos últimos 11 meses do ano, e junto com as tais reflexões, os blogueiros adoram começar a fazer as listas pra tentar resumir o que de mais importante aconteceu no ano. Aqui o Poética de Penseé não poderia ser diferente!

Os 5 melhores discos de 2011 na minha singela opinião e com um clipe de cada ficar com uma vontadezinha de ouvir!

5 – Tiê – A coruja e o Coração

4 – Foo Fighters – Wasting Light

3 –  China – Moto Contínuo

2 – Agridoce – Agridoce

1 – Adele – 21

Todos esses discos têm canções que me tocaram profundamente, viajaram comigo para todos os lugares por onde passei durante esse ano e fazem parte também do meu crescimento, da minha abertura para outros ritmos musicais e outros universos! Espero que tenham gostado e digam quais foram os discos que ganharam mais destaque na opinião de vocês!

O legado de Amy Winehouse

Hoje infelizmente ao acordar recebi a péssima notícia da morte de um ícone pop, a britânica Amy Winehouse. Noticiários cheios de especulações, falso moralismo e na internet não menos: piadinhas de humor negro que não cabem no clima de luto e sensibilidade que o momento pede. Passada a revolta e o choque pela notícia, ficou a reflexão do que Amy deixou para seus fãs: tem quem acredite que seus shows de maus exemplos tenham ficado muito mais marcados para servir de exemplo para aqueles que usam drogas, do que propriamente seu talento, sua música e tudo que a cantora acrescentou em termos de fazer renascer o soul americano e abrir espaço para o sucesso de novas cantoras de jazz, blues, soul e pop não fabricado pelo mainstream, frisando um falso-moralismo e a necessidade de se vender e comprar tragédias.

Amy foi incrível, uma artista verdadeira e desbocada como há tempos o mundo da música pop não via, e sinceramente não vejo motivo para reascender o debate acerca do perigo gerado pelo uso de drogas. Prefiro deixar a discussão para os moralistas de plantão e continuar com o meu posicionamento de que cada um é responsável por suas escolhas, tem suas formas de escapar da realidade, e que isso não determina nenhuma falta de caráter. Amy fez suas escolhas, arcou com as consequências, mas vai ser eternizada pelo seu talento. Foi mais do que uma cantora de soul, jazz e pop, mas também uma compositora excepcional, que extravasava seus sentimentos de forma visceral e sincera. Amy estava doente já havia muito tempo e era claro que precisava de ajuda, mas seu talento é incontestável. Uma pena que a maioria tenha optado por enxergá-la como a esquizofrenia dos tabloides britânicos numa jaula de jardim zoológico, ao invés de notar sua sensibilidade e buscar compreendê-la.

Amy Winehouse vai deixar saudades!